Capítulo I

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You've blown my mind when I touch your body
I feel I'm loosing control cause' you can't deny
You've blown my mind when I see you my baby
I just don't wanna let go ♫

Luna, a considerável “branca de neve” da escola, sempre passou dificuldade nessa vida. Sua mãe lhe abandonou com sua avó e seu avô, e seu pai nem notícias se têm dele. Seu avô, considerado seu pai, morreu aos 60 anos, quando Luna só tinha 9. Depois disso, tudo mudou. Ela continuou morando com sua avó, agora as duas sozinhas. Sua mãe começou a manter certo contato com ela; seu pai nunca apareceu; seu padrinho-tio-irmão teve uma filha, e Luna agora tem 12 anos para 13. Quando pequena tinhas os cabelos loiros, cacheados e olhos azuis. Agora tem o cabelo castanho claro, misturado com mechas loiras e luzes brancas cortado em camadas com uma falsa franja, e os olhos ficaram verdes-azulados puxados para cinza.

O despertador toca incansavelmente enquanto ela se espreguiçava e acordava.
- Despertador chato, bem que você podia estar atrasado doze horas – falou a menina indo acender a luz. Ela se contorceu e fechou os olhos quando a luz se ascendeu, mas logo seus olhos se acostumaram.
Ela fez o que vem fazendo desde que vai a escola. Levantou, comeu algumas bolachas, escovou os dentes, se arrumou, se maquiou e foi para a escola. No caminho a escola, que não é muito longo, ela foi pensando:
Será que ele vai hoje? Ele foi ontem, mas ontem era terça-feira, droga, e se ele for? Hoje eu acordei com uma casa de sono. Bom Luna, você dormiu duas horas e meia; é quem mandou ficar escrevendo e é melhor rezar para que hoje a professora de português não de redação, pois a imaginação se esgotou completamente. Voltando ao ponto de partida, se ele for eu vou agir normalmente, se é que um dia eu agi normalmente!? Ok, é mas fácil eu falar que irei agir como sempre agi. Não, não irei agir como uma idiota, e sim como só uma manhã qualquer que eu tenho que ir a aula. Mas não será uma manhã qualquer se ele for. Que nojo Luna! Hoje o romantismo está a flor da pele menina!
- Biiiiaa! – gritou à loirinha correndo com sua mochila pesada nas costas em direção a amiga.
Beatriz, ou melhor, Bia como é conhecida por todos, é a melhor amiga da Luna. As duas já tiveram uns desentendimentos no passado, mas como elas mesmas dizem: passado é passado! A menina tem olhos profundamente pretos e brilhantes, parecidos com o fundo de um poço cheio de água. Seu cabelo negro combina com seus olhos, e sua pele é parecida com a de uma indígena, ou seja, linda, sem espinhas e bem cuidada. Bia não é muito alta, mas também não é muito baixa. É normal. Mas ela se julga ser baixa até concordarem. Inteligente que nem Deus duvida, sempre tira notas boas, e se perguntar algo para ela, com certeza ela ira te responder certíssimo. E se na Luna o romantismo está à flor da pele, na Beatriz está 24 horas por dia, desde que nasceu.
- Oi meu amor! – respondeu à morena enquanto as duas se abraçavam.
- Tudo bem? – falou enquanto voltaram a caminhar.
- Sim, indo né e você?
- Ah amiga! Não ta fácil la em casa – respondeu a alta olhando para os pés enquanto as duas desciam o morro indo para a escola.
- Calma, vai dar tudo certo. E você e o Matt?
- O que tem eu e ele? – disse a loirinha olhando com cara de interrogação para a amiga que soltou uma risada forçada.
- Não finja que não sabe o que eu estou falando.
- Eu não estou fingindo Bia, só estou pedindo – retrucou olhando para frente com cara de brava.
- Ok, me rendo, vou dizer. Então, você e o Matt... Aconteceu algo ontem que eu ainda não sei?
- Não aconteceu nada, na verdade, ele só preencheu o buraco no meu coração, que se fez por você não ter ido à aula – não sei como, mas os olhos da Luna brilharam enquanto ela falava com a mão no coração.
- Hum sei – respondeu a amiga com voz de desconfiada, mas no fundo, sabia que não tinha acontecido nada, pois não recebeu nenhuma mensagem da amiga e ela não esta muito empolgada –, mas então, vocês conversaram a aula inteira? – ao decorrer da pergunta, elas entraram no colégio.
- Sim né, quando não tinha nada pra fazer, virava para trás e... Dava de cara com aquela beldade atrás de mim – ela deu um suspiro e percebeu a cara de espanto da amiga.
- Ele sentou no meu lugar? No meu precioso lugar? Droga, você o deixou sentar no meu lugar! Eu to perdendo minha amiga para um garoto? – falou a pequena descontrolada enquanto elas iam para sua sala.
- Calma meu, se acalme Bia. Ele sentou no seu lugar por um dia. Eu estava sozinha por que o Bruno também não foi, e a Stella ficou a aula inteira olhando para o Eduardo, a Amanda não senta tão perto de mim e a Julia não estava nem aí para mim, já que ela e o Matt brigaram. 
- Eles brigaram?
- Ah você sabe como é as brigas deles, tudo bem que eu soqueio o Matt todos os dias e ele me enforca e faz que vai quebrar meu mindinho – disse enquanto fazia sinais com a mão, como dando socos, enforcando e mostrando seu mindinho para sua amiga –, mas pelo menos eu falo com ele, ela não, conhece né!
- É conheço – elas riram e ficaram de pé na frente de sua sala conversando qualquer coisa que aparecesse, cabelos; maquiagem; garotos; fofocas e blá-blá-blá.
Conforme o pessoal ia chegando, o papo ia aumentando.
- Meninas vocês não sabem, ontem eu falei com o Dudu de tarde no MSN e ele falou assim: tenho que ir embora, até mais bebe, te amo ♥. MORRI MENINAS, ME ACUDAM POR FAVOR! – falou a Stella fingindo desmaiar, e enquanto ela fazia seu teatrinho, a Bia e a Amanda ficavam olhando e dando risada e Luna observava o corredor, na inútil possibilidade de ver o Matt chegar antes de bater o sino, já que ela pediu para ele ir antes de bater o sinal, mas como não é costume e nem favor ele chegar antes, ela tem essa idéia um tanto como: nunca irá acontecer.
Stella e Amanda não são nem um pouco iguais. Stella tem o corpo não muito enchido nem muito magricelo, ou seja, normal. O seu cabelo castanho claro liso combina perfeitamente com seus olhos também castanhos escuros protegidos por um óculos. Ela, por não ser muito alta, tem um bom volume nas suas coxas, por isso, aonde vai é notada por todos os garotos/homens. Já Amanda tem os olhos verdes e cabelos loiros ondulados, combinando com sua altura que não é extrema, só é um pouco mais alta que Stella. As duas se conheceram esse ano, mas porque Stella chegou esse ano, e Amanda já esta aqui há anos, por isso já conhece há alguns anos Julia; Luna; Beatriz; Bruno e Eduardo, entre outros.
- AH! Stella, você sabe a raça que o Eduardo é né? – respondeu perguntando há amiga.
- Homo sapiens; heterossexual; ele é um animal? – Stella não bate muito bem da cabeça!
- Amor, não se faça de burra – ironizou Amanda passando a mão no cabelo da amiga – você sabe muito bem o que ele é! Um cafajeste de primeira. Galinha desgraçado. Que fala “te amo” para todas as meninas que ele conversa depois de uma semana...
- Eu converso com ele há mais de três meses ta?! – interrompeu a baixinha, enquanto Bia que começava a prestar a atenção na briga delas, e Luna ainda estava a procurar os olhos que tanto deseja.
- Então, você pensa que só porque ele demorou um pouco para te falar “te amo” é porque ele está interessado em você? Se toca amiga, ele só quer te iludir, ficar com você uma ou duas vezes só para tirar “a seca”. Peça para ele quanto tempo ele não fica com alguém, e se ele te responder a mais de três semanas, acredite em mim senão... Vai se benzer, porque você está com uma maldição para te prender a ele! Vai por mim, eu conheço esse tipo de garoto que se acha o máximo pela lista de “oi-eu-peguei-mais-de-cinquenta-em-um-ano-letivo-beijos-me-liga”.
- AH SENHOR! Não, não pode ser – falou Sté, esfregando os olhos, como se tivesse acabado de acordar. – Não, minha amiga não pode estar dizendo para desistir do garoto que eu amo! – ela deu ênfase às ultimas palavras.
- Acredita em mim que você ganha mais.
- VAI SE FERRAR AMANDA! – gritou Stella.
- Você vai se ferrar mais se não me escutar – respondeu calma a amiga.
- Deu de brigar por hoje você duas? Que saco! – Bia entrou no meio da briga para acalmar e para conseguir falar, sem berrar, com Luna que estava do seu lado, mas pela gritaria da Stella seria quase impossível, após as duas amigas virarem o rosto ela começou. – E você Lua, acorda menina! – pediu fazendo sinal com a mão em um tipo de sobe-desce-sobe-desce na frente de Luna, e a chamando pelo apelido de infância.
- Eu estou aqui não está vendo, se eu estivesse dormindo estaria em casa – falou a loirinha emburrando a cara para amiga e continuou olhando para o corredor.
- Que mal humor dos infernos é esse? – perguntou à amiga enquanto observava Lua se escorar no pilar que sustentava o teto da escola.
- Ai droga! – exclamou a alta olhando para a manga do moletom escolar e batendo nela.
- O que foi? – pediu a amiga.
- Me sujei com giz – Luna largou a manga ainda suja e olhou para o pilar, apontou para ele, fez uma careta de assustada olhou para a amiga e desabafou. – Olhe a sujeira desse pilar! Os alunos aqui não têm bom senso e nem educação?
- Pelo jeito não. Quer que eu te ajude a limpar? – Luna olhou para a amiga que estava calada e estalou os maiores olhos de assustada enquanto seu órgão adrenal lhe liberava litros de adrenalina direto no sangue, fazendo sua barriga gelar, seu coração disparar, as pernas bambear e a sua bobice chegar.
- Er... Oi Matt! – ela virou a direção do garoto e esqueceu completamente a sujeira na blusa para fitar os olhos que tanto procurava.
Matheus é lindo. Tem os olhos azuis puxados para um verde reluzentes – lindo – um sorriso contagiante, e que misturado com seu cabelo negro nem um pouco comprido combina completamente com sua feição que ora ele está com cara de bebe; ora não está com essa cara, e com seu porte físico nada exagerado. Ele não se importa com o que os outros falam. Vai à aula sempre que pode, pois sua cama com certeza é mais gostosa, e a cerveja misturada com os amigos dele não vira um bom atrativo para ir à aula no outro dia. Seu nariz tem um piercing de argolinha prateada que Luna acha perfeito, pois combina com seu estilo... Roqueiro. Por isso, foi ele que “ensinou” Luna (Beatriz, e consequentemente Amanda e Stella) a gostar de rock, um de seus estilos musicais, agora, preferido. Sua voz se destaca no meio de tantos pré-adolescentes de 12/13/14 anos, que ainda estão a formar sua voz grossa. E também, quem dera. Ele reprovou tanto de série que acabou com 17 anos e na 7ª série. No começo, quando Luna e ele não eram... Digamos, tão íntimos, ela duvidou quando ele contou sua idade. Mas uma vez quando ela foi pegar um papel que tinha nomes de alunos, data de matricula e ano que nasceu na diretoria (ela é a representante da sala esse ano) ela percebeu que era verdade o que ele dizia sobre sua idade.
Falando em idade, a diferença dos dois é de cinco anos, mas Luna sabe se transformar em uma mulher ao seu lado. Claro, sempre depois que passa o efeito de: asenhor-é-ele! Beatriz sempre implica com Luna que eles dois formariam um belo casal juntos (a professora de matemática também concorda com Bia), já que para os dois meia palavra basta, mas Luna sempre diz que ela é muito nova perto dele, e que se ele sentisse algo por ela, a única barreira seria a sua mãe, que parece traumatizada após o ultimo namoro da filha, quando ela tinha de 11 para 12 anos, e namorou com um garoto de 16 anos, no qual Luna sofreu muito, muito mesmo, caso a parte. Mas se não, nunca existiria possibilidade dos dois namorarem, exceto os preconceitos e pré-conceitos que a sociedade iria fazer. Sendo que em pensamento Luna diz: que se dane a droga de sociedade preconceituosa e maliciosa, que não se pode ter um namoro descente que já vão pensando o que não devem!
- Oi Luna, tudo bem? – perguntou o garoto enquanto a olhava normalmente.
- Hum, é... Tudo – ela olhou para a manga da blusa e fez uma careta de indignação enquanto Matt e Bia riam, – e você?
- Tudo bem... Oi Bia, desculpa a cara de pau de não te falar bom dia – disse coçando a nuca, em sentindo de vergonha.
- Oi, e não estressa, não da nada esquecer de mim, já estou acostumada – respondeu a baixinha fazendo bico e cara de choro.
- Coitadinha dela, mas se alguém me ajudar a limpar minha blusa eu dou um pirulito – Luna exclamou contente as ultimas palavras, abrindo um sorriso de orelha a orelha.
- Prefiro ganhar outra coisa! – falou o roqueiro, ele sempre manda indiretas para Luna e lá de vez em quando para Beatriz, ela nem ligava, mas essa frase de Matt deixou a loirinha sem resposta a olhar para ele por alguns segundos, que mais parecia uma eternidade, enquanto Bia ficava calada tentando não estragar o clima entre os dois e dando uma espiada de canto de olho para o pátio central. Luna deu um pequeno sorriso de canto e começou a balançar os dedos dos pés, e que sempre agradecia a quem inventou o tênis, pois quando balança os dedos dos pés é sinal de vergonha.
- O que você iria querer ganhar? – perguntou calma Luna, mas que por dentro estava louca, pulando se pudesse de alegria por ter recebido uma cantada a essa hora da manhã.
- Hum, melhor deixar para lá – respondeu Matt olhando para os lados em sinal de: tem muita gente aqui. Luna deve ter corado, pois imaginou os dois se beijando em meio corredor, com todos passando como se nada estivesse acontecendo; como se fosse normal, mas seu sonho foi interrompido. – Então vamos limpar essa manga, ou você quer ficar bicolor? O moletom azul escuro com uma manga branca – as meninas riram do que ele disse, enquanto Amanda e Stella já vinham em direção a eles três, explicando que foram tomar água.
Após limparem a blusa da garota, todos avistam Julia vindo junto com Bruno para a sala.
Os dois são melhores amigos, dividem ônibus, sala, e se pudessem até o próprio espírito, mas eles nunca se gostaram/amaram/ficaram, aliás, vivem brigando. Julia tem os cabelos até um palmo abaixo do ombro, com uma franja e da cor preta. Com os olhos castanhos escuros mais puxados para um preto ela desfila mostrando sua beleza. Ela não é nem um pouco “patricinha”, mas é muito linda. Bruno, melhor amigo dela; da Luna e da Bia é alto, muito alto, supera até o Matheus, e possui um cabelo negro, olhos negros, corpo magro, e gosto para música indiscutível. Ele ama músicas internacionais e até rock o garoto curte. Além de ser querido e amigo; ele é engraçado; inteligente e estourado. Não é la muito social, assim como Julia, Luna e Bia. Os quatro formam o “quarteto-fantástico inteligente”, pois se você colocar os quatro para fazer um trabalho, eles iram fazer o melhor trabalho que puderem.
- Oi gente, tudo bem? – pediu Julia, enquanto dava um beijo na bochecha de cada pessoa ali no grupo, menos no Matt, ninguém nunca da. Todos responderam, enquanto Bruno ficava quieto ouvindo musica em seu Mp3 que leva por tudo. Mas Luna não deixou por isso, saiu correndo e pulou no amigo dando um abraço nele.
- Que droga Bruno, deu de não vir para a escola agora? Desde sexta não te vejo – falou a menina enquanto todos olhavam atentamente para eles dois, já que ela passou como um furacão por todos para correr até Bruno, e depois de terminar a frase o largou, ficando baixa novamente, pois sua altura batia no ombro de Bruno.
- Oi para você também Luna, e como não pediu, eu estou bem e pelo jeito você também – ele se abaixou até a altura do ouvido de Luna e sussurrou. – Ficou com o Matt? Por que alegria tamanha não pode ser real – ele também implicava com ela para os dois ficarem, aliás todos implicavam dentro daquele grupo, menos Stella e Amanda, mas Luna só bateu em seu ombro, tentando disfarçar, já que ao lado esquerdo de Bruno estava Julia; Matt e Bia. Luna ficou na pontinha dos pés e sussurrou no ouvido de Bruno:
- Não, mas cuidado para não escutarem, sabe como é a Ju e a Bia, aí quem escuta sou eu!
Eles trocaram um sorriso, enquanto Luna se posicionava ao lado direto de Bruno, praticamente empurrando Amanda e Stella para o lado, preenchendo o buraco que ficou da onde ela saiu correndo. Ficaram conversando sobre as aulas, músicas, rindo e sobre a falta de educação de alguns alunos da escola.
- Aliás, o que você esta fazendo aqui há essas horas? Você sempre chega atrasado – perguntou Beatriz, dirigindo a pergunta ao Matt, que estava ao seu lado direito.
- Sei la o que me deu, alguém pediu pra vir antes de bater o sino, mas até agora não vi nenhuma surpresa – respondeu o garoto olhando para Luna, e ela correspondendo o olhar enquanto todos, calados, os fitavam.
- Quem que pediu? – pediu Stella.
- Uma garota aí – disse olhando agora para Stella, mas Luna continuava a fitá-lo.
- Hum, mas ela é importante? – perguntou agora Amanda, olhando com cara de curiosidade.
- Claro que é! Ela é muito importante para mim, por isso que eu vim, mas não acostumem, é só por hoje – falou ele olhando para Luna, enquanto ela corava. Ele chegou a ameaçar a dar um passo em sua direção, mas parou porque o sinal bateu. Enquanto todos iam para dentro da sala, Luna ficou parada ainda no lugar que estava junto com os amigos e ainda olhando para Matt, que agora vinha em sua direção.
- Legal, eu sou muito importante – disse a menina enquanto ele chegava mais perto. Ele chegou na frente dela, passou a mão esquerda em sua cintura, colocando a mão dele nas costas da menina, enquanto ele ficava com o corpo metade encostado no dela, e ela ainda parada olhando para frente. Ele deu um beijo em seu cabelo e falou.
- Com certeza, você me ajuda tanto que seria falta de educação não falar isso – ele a largou e andou até a sala, enquanto ela, ainda parada em seu lugar, deu um sorriso; olhou para baixo; se virou e foi para a mesma direção que os alunos foram.
Sua barriga estava a mil. Milhares, milhões, bilhares e digo até trilhares de borboletas em sua barriga a fazia delirar enquanto andava para seu lugar, já dentro da sala enquanto todos a sua volta desapareciam, mesmo tento todos os alunos presentes e bagunçando loucamente.
Os amigos sentam todos pertos, no fundo da sala. Na ultima carteira da fila da janela, está Beatriz, e a sua frente esta Luna. Na frente de Luna está sentado Bruno, e pulando uma carteira que é de um garoto, está sentado Eduardo, que ao seu lado esquerdo tem Stella, e na frente Letícia, que senta bem na frente da mesa do professor. Ao lado de Letícia e a frente de Stella está Amanda. Voltando ao fundo da sala, ao lado esquerdo de Beatriz e Luna, está Matt, que a sua frente tem Julia. De Julia a Stella, existe duas pessoas no meio.
Todos se acomodaram em seus lugares e a aula começou. A primeira aula foi língua portuguesa, e não teve redação, por isso, Luna olhou para o céu e agradeceu em silêncio. Passou normalmente a primeira e a segunda aula, aliás, a professora de português também ficou impressionada pelo Matheus estar na sala antes de bater o sino, mas não reclamou, o elogiou. Na terceira aula, era sobre ciências, aula preferida de Luna e Beatriz, já Julia odeia essa aula, mas se esforça o máximo para tirar notas boas. A professora explicava sobre neurônios, e enquanto todos prestavam à atenção, Luna virou para trás, olhando para Beatriz.
- Como que um neurônio morre? – pediu Matt, olhando para Bia e Luna.
- De solidão – respondeu Beatriz olhando para Luna e depois, Matt e Bia, riram incansavelmente, e Luna não entendia nada.
- É... Alguém pode me explicar a piada horrível que a Beatriz fez? Sério, eu não entendi – suplicou Luna olhando para os dois.
- Não disse!! – disse Bia olhando para Matt, enquanto eles voltavam a rir.
- Inferno! Por favor podem me explicar o motivo dessa droga de piada ou eu vou ficar aqui com cara de tacho olhando para dois palhaços que não podem me explicar essa coisa – falou irritada Luna, fazendo as risadas cessarem.
- Não pense em gritar Luna, senão você é que vai morrer – Bruno se intrometeu, mas logo virou para frente colocando somente um fone de ouvido na orelha.
- Assim, o Matt pediu como que um neurônio morre, e dizem que loiras – Bia apontou para Luna, – só tem 1 neurônio, então, ele morre de solidão, entendeu? – completou a menina fazendo um sinal com a mão, como se mostrasse uma quantidade de coisas com o dedo e balançava para um lado a para o outro.
- Asenhor, por favor, perdoe tudo o que ela diz... Tudo bem que temos que ser felizes e tal, eu sei que a piada é horrível, mas ainda assim deixe-a ir para o céu, por favor. Ela ainda é minha amiga – falou Luna, olhando para cima e juntando as mãos em sinal de prece, enquanto Bia e Matt riam.
- Alguém pode me explicar o motivo da piada aí no fundo da sala? – gritou a professora.
- Nada professora, pode continuar com sua aula – respondeu Matt, livrando as meninas de uma briga.
A professora continuou explicando até a aula acabar. O sinal para o recreio tocou e enquanto alguns alunos saíam apressadamente para fora da sala, Beatriz; Julia; Luna; Stella; Amanda; Bruno e Matheus permaneciam na sala formando um círculo perto das carteiras de Matt, Bia e Luna, com mais alguns garotos que dançavam Free Step do outro lado da sala.
- Essa aula de ciências, foi interessante e... – começou Luna.
- Chata, com certeza chata é a outra palavra – completou Julia.
- Não, não era para ser isso, seria: legal – terminou Luna sobre esse assunto com um sorriso de orelha a orelha. – Aliás, a piada da Bia foi horrível – Bia, Luna, Julia, Bruno e Matheus riram, mas as outras duas não disseram nada.
- Ainda bem que a ultima aula é educação física, não aguento mais escrever – reclamou Beatriz balançando a mão direita.
- Nem fala, eu vou morrer e a culpa vai ser dos professores – todos concordaram com Beatriz e Luna, que acabou de completar a frase.
- Alguém está com fome? Quem vai comigo comprar algo comigo? – pediu Amanda.
- Eu vou – falou Julia, saindo da sala com Amanda e Stella.
- Vamos tomar água Bruno? Eu to morrendo de sede! – disse Beatriz, já enganchando o braço em Bruno e saindo da sala.
- Chatos, nem pedem se eu quero comer, ou quero ir tomar água! – reclamou Luna se escorando em uma carteira e cruzando os braços.
- Acho que eles querem nos deixar a sós – falou Matt, chegando mais perto de Luna.
- Você acha? Eu tenho certeza! Mas não estamos sozinhos – disse a garota, olhando para os garotos do outro lado da sala.
- Quem se importa com eles? – terminou Matt, chegando mais perto de Luna, que ficou realmente sem reação, só descruzou os braços e os apoiou na carteira. Ele não estava colado na garota, pois os dois ainda conseguiam se olhar normalmente, ele estava mais para o lado, como hoje de manhã. É como se ele não quisesse forçar a nada, pois ela teria como escapar se quisesse. Se quisesse! Mas, ele foi chegando mais perto, e mais perto. O coração de Luna estava a mil, e o de Matt estava com vergonha. Sim, Matt estava com vergonha, e também com medo da menina sair correndo, ou dar um corte feio nele. Mas ele parou um pouco longe, não muito, ele estava bem mais perto dela. – Não é? – Luna, só sorriu e falou:
- Poisé, quem se importa!
- Vamos! Saiam, todos da sala que eu vou trancar a porta! – gritou a servente com a chave na porta da sala, obrigando todos a saírem, como de costume.
- Vamos, antes que ela nos mate – falou Luna, saindo pelo espaço que tinha entre ela e Matt.
Ela saiu da sala, e Matt também saiu. Ele foi para o outro corredor passar o recreio com alguns amigos dele, como sempre. Luna avistou Beatriz e Bruno vindo do bebedouro. Ela se sentou no banco olhando para baixo e sorrindo, lembrando de tudo. Do tom de voz; do coração disparado; de cada passo que ele dava; da respiração presa dela; de tudo, até a servente chegar à sala. Luna rolou os olhos e logo Beatriz veio correndo, e Bruno atrás dela, caminhando normal.
- Amiga, o que aconteceu entre vocês dois? Tipo, vocês ficaram sozinhos e tal. Ah! Rolou algo né? – pediu Beatriz se jogando ao lado de Luna no banco e Bruno ficou de pé.
- Não amiga, não rolou nada, primeiro ele disse: acho que eles querem nos deixar sozinhos; aí eu falei: você acha? Eu tenho certeza, mas nós não estamos sozinhos; eu olhei pros amigos do Lucas do outro lado da sala dançando e ele falou: quem se importa com eles. E ele só foi chegando mais perto, e mais perto – explicou Luna, dando um sorriso e encostando a cabeça na parede, mas logo voltou com a cara séria e desapontada –, e não aconteceu nada!
- Eu não acredito amiga que fofo! – falou Beatriz, fazendo os olhos brilharem e colocando as mãos fechadas em forma de como se faz para dar um soco, em cima das maçãs do rosto dela mesma. – AAH! Vocês dois tem, precisam, necessitam ficar juntos. Não é Bruno! – a garota olhou para o menino que estava prestando a atenção.
- Aham! – falou Bruno. – Vocês dois seria muito engraçado. Os dois se batem até não querer mais, aí tem esses piques de oi-sedução. Sei la, seria engraçado um namoro de vocês dois – terminou o garoto.
- Asenhor eu já disse que não existe possibilidade de nós dois ficarmos juntos – respondeu Luna olhando para Bruno e Bia –, e outra, Beatriz, ele não é mais um garoto de 13 anos que só sabe beijar e mais nada. Você escuta as histórias dele, não é?! – completou agora olhando especialmente para Beatriz.
- É, eu sei, mas vocês são perfeitos e ponto final! – disse a amiga, enquanto Luna se encostava na parede, cruzava os braços e ficava quieta.
  Logo as três que foram comprar algo para comer chegaram, e ficaram os seis conversando e escutando musica, consequentemente rindo e não tocando mais no assunto Matt&Lua.

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